Estava indo a pé para casa, como sempre fazia. Tinha acabado
de sair do trabalho e a rua estava abarrotada e barulhenta. Gente demais,
carros demais. O final da tarde ainda estava quente e úmido e vento algum
soprava. O suor escorria de sua testa enquanto ele tentava inutilmente seca-lo.
Então, ele trombou no ar. Ele podia sentir algo como uma
parede invisível bloqueando seu caminho. Não entendeu o que estava acontecendo
ali, e se virou para prosseguir com seu caminho. Trombou de novo. Aquilo estava
começando a ficar estranho. Mesmo temendo parecer um palhaço, ele começou a
tatear tentando achar o fim da parede.
E se acho preso em um cubo de mais ou menos um metro de base
por um e noventa de altura. As pessoas começaram a observar. E ele a se
desesperar. Começou a passar freneticamente as mãos pelas paredes, gritar para
alguém ajuda-lo, esmurrar o ar. E cada vez mais pessoas paravam a sua volta.
Alguém colocou uma caixa ao seu lado e começou-se a jogar
dinheiro dentro dela. Ele olhou para aquilo completamente descrente do que
estava acontecendo. Tentou falar com as pessoas, mas elas só aplaudiam a cada
coisa que fazia. Os minutos passavam lentamente dentro da prisão. Ele não sabia
mais o que fazer. A caixa cada vez mais cheia de dinheiro e ele com cada vez menos
oxigênio.
Começou a ficar cada vez mais agitado. Tossia como um
asmático. A cor se esvaiu de seu rosto. Seus olhos se arregalaram. As pessoas a
sua volta cada vez mais animadas. Tinha cada vez menos força para bater nas
paredes. Sentou-se no chão. Olhou para cima e caiu deitado.
Os aplausos foram estrondosos. Uma multidão tinha se reunido para assistir àquele espetáculo inesperado. Ficaram aguardando o artista se levantar para poder cumprimentá-lo. Os segundo foram passando e ele não se levantava. As pessoas começaram a ir embora. Uma ou outra começou a se irritar. Até que uma foi até ele.
Os aplausos foram estrondosos. Uma multidão tinha se reunido para assistir àquele espetáculo inesperado. Ficaram aguardando o artista se levantar para poder cumprimentá-lo. Os segundo foram passando e ele não se levantava. As pessoas começaram a ir embora. Uma ou outra começou a se irritar. Até que uma foi até ele.
Mas não havia muito que fazer agora. Ele já estava morto...
Muito bom!!!
ResponderExcluirNossa, muito bom mesmo...
As pessoas assistindo ao que lhes parecia um espetáculo achando que o cara estava atuando bem demais. Era mesmo muito real, afinal, era o real.
Adorei, Greg. Conto criativo, com clímax e a resolução do clímax no final. Parabéns. :)
Não deixa de ser um espetáculo por não ser uma atuação...
ResponderExcluirAdorei tb.
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